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| | Distrito 10 | |
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+4Vilppu Wilburn Terri Wilburn Saix Khalits Wallace McQueen 8 participantes | Autor | Mensagem |
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Wallace McQueen
Mensagens : 318 Data de inscrição : 17/04/2015 Localização : Capital Jogador : Állan
| Assunto: Distrito 10 Seg Abr 20, 2015 12:52 am | |
| DISTRITO 10
"a principal indústria do Distrito 10 é o gado, tal fornecendo carne bovina para o Capitólio." Antecipando os dias da Colheita, o ambiente no Distrito 10 estava bastante tenso. Haviam menos gente na rua, as pessoas falavam menos e pareciam nervosas. Porém, o trabalho continuava. ATENÇÃO: Utilize este tópico para interagir dentro do seu Distrito (sozinho ou com o seu companheiro de Distrito). Pode falar de tudo, desde do que está fazendo até ao que está sentindo. Aproveite para desenvolver a história do seu personagem. A postagem não é obrigatória, mas apenas a faça se tiver a certeza que não mudará o distrito e ocupação do seu personagem depois. E lembre-se: O seu personagem ainda não foi escolhido na Colheita.
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| | | Saix Khalits
Mensagens : 42 Data de inscrição : 22/04/2015 Localização : Distrito 10 Jogador : Beatriz Cerone
| Assunto: Re: Distrito 10 Qua Abr 29, 2015 4:41 am | |
| Saix Khalits Acordo com um cutucão em minhas costas. Puxo o cobertor para cima e me enrolo pedindo mais cinco minutinhos, porém recebo mais um cutucão. Com muita dificuldade sento e uso minha duas mãos para cobrir os olhos, impedindo que a luz solar entre em contato com os meus olhos. Aos poucos vou abaixando minhas mãos e solto um gemido baixo ao notar que minha mãe continua lá. Seus cabelos são mais claros que os meus e o mesmo vale para seus olhos, a única coisa que somos iguais é na altura e no tom de pele. Aqui no Distrito 10 todos são bronzeados.
— Não posso tirar o dia de folga, mãe? — Faço um biquinho para ela.
Mamãe deixa escapar um sorriso de seus lábios.
— Eu posso te dar a manhã toda, o que acha?
Puxo uma camiseta qualquer e visto-a, levantando para correr sobre minha mãe e beijar o topo de sua cabeça. Ela sorri e envolve seus braços em meu pescoço, protegendo-me como sempre fez. Me afasto dela e puxo um shorts preto que está no chão. Corro degraus abaixo, pulando quando falta apenas três. Ouço um "bom dia" de Kael, meu padrasto e respondo a mesma coisa. Observo a parte de baixo da nossa casa, não há nenhum luxo, apenas coisas simples feitas por minha mãe. Ela tenta ao máximo reutilizar materiais, criando vários enfeites para tornar a casa mais bonita. Abro a porta da frente encontrando pouca movimentação na rua. Daqui alguns dias acontecerá A Colheita... Afasto esse tema da minha mente e fecho a porta atrás de mim, preparando-me para seguir caminho em busca de Zenian.
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| | | Terri Wilburn
Mensagens : 26 Data de inscrição : 22/04/2015 Localização : Distrito 10 Jogador : Joana Vaz-Rato
| Assunto: Re: Distrito 10 Seg maio 04, 2015 6:15 pm | |
| TERRI WILBURN
Acordo com barulho no pasto. Ainda meia a dormir enfio os pés nas botas e vou à janela para ver o que é. Vejo nossos dois cães de guarda lutando, assustando todas as ovelhas para um canto. Abro a janela e grito em plenos pulmões.
- LAMBERT! WALLACE!! PAREM AGORA MESMO!! - Desço as escadas da casa a correr e saio porta fora ignorando meus irmãos que estavam no sofá.
Separo os cães e noto que Lambert, o nosso cão mais velho tem uma pata em muito mau estado. Sei que meu pai não está em casa hoje porque foi tentar vender alguns dos cordeirinhos da última estação na cidade, só voltará à noite. Pego nele e o levo para casa.
-Vocês vão me dizer que não ouviram a luta lá fora?! A pata do Lambert está em fanicos! - grito para meus irmãos acampando na frente da televisão! - Faça alguma coisa Vilppu!
Meu irmão mais velho que esteve estudando com meu pai durante os últimos anos ainda era um pouco cru no que fazia, mas era o único de nós três que podia fazer alguma coisa até nosso pai chegar.
Me sento à mesa da cozinha e bebo um pouco de leite de nossas vacas, para evitar sair gritando com eles os dois. Sempre que nosso pai saía para a cidade eles preguiçavam e faziam como se não tivéssemos dezenas de animais a nosso cargo.
-Terri... - meu irmão novo se senta ao pé de mim na mesa, olhando o tampo da mesa com um ar de culpa. - O Vil disse que o Lambert vai ficar bem, se ficar de descanso uns dias. Não fica brava...
-não fica brava. - repito com desdém. - Eu sei que vocês gostam de cortar o trabalho quando o pai não está, mas não digam que não escutaram o que estava acontecendo lá fora, Rauf.
- Nós estavamos assistindo os jogos... e nos distraímos.. - ele fala se desculpando.
- E porquê você estava assistindo isso para começar?! VIL!! -Saio de rompante para a sala onde Vilppu está novamente aposentado no sofá assistindo aquela merda.
- Você vai para de gritar?! Para alguém tão tímido como você acordou muito escandalosa. Se está com problemas de senhora eu não quero saber.
- Porquê você e o Rauf estavam assistindo essa porcaria? Os nossos já morreram faz tempo, é inútil agora, não? - pergunto ignorando a provocação dele. Cada ano que passa ele fica mais arrogante e eu não consigo perceber porquê.
- Inútil? Não, não, irmãzinha. Veja, é meu último ano, e vamos estar todos juntos em harmonia na colheita. Mas vale estudar o que nos espera. - Ele diz com um sorriso arrogante.
- Eu pensava que você estava só torcendo pelo Luka e pela Mona mas sua obsessão com os jogos está ficando estranha, Vil. Nós com certeza não seremos escolhidos, Rauf só tem lá o nome uma vez. Nenhum de nós tem tésseras. Então se quer se divertir com esse circo, ao menos não descarte suas responsabilidades e não arraste o Rauf para isso.
- Nenhum de nós tem tésseras, interessante escolha de palavras. Pois bem, senhora da responsabilidade. - Ele se levante e caminha na minha direção. - Melhor tirar a cara do estábulo e olhar para a casa de vez em quando. Eu posso ter sorte, mas quando meu nome não poder ser mais escolhido quem você acha que vai ter que tomar esse fardo?
- Não faço ideia do que você está falando. Tem que parar de cheirar os remédios do pai. - Ele estava desviando o assunto então vou só embora, já que já disse o que tenho a dizer. - Vá trabalhar, que eu e Rauf faremos o mesmo.
Mas então ele me agarra o braço e me olha nos olhos com um olhar irado. - Pois bem , queridinha do papai. O que você acha que eu ia fazer com o pai à cidade? Acha que ele só não te levava porque era desconfortável para você? Não, era só porque eu era suficiente. Você não achava estranho que ele voltava com os animais e com comida, e ainda com um dinheiro extra?
- O que você está dizendo?! Me solta! - Grito com ele, e me contorço, mas ele era muito mais forte que eu.
-Estou dizendo que se prepare para sair para a cidade a começar no próximo ano, porque meu nome não pode entrar mais. - Ele se aproxima mais e me sussurra no ouvido. - E se prepare para fazer uns serviços extra também.
-VIL! - Ouço Rauf gritar ao entrar na sala com os baldes que ele ia levar para a ordenha. Aproveito o descuido de meu irmão para me soltar e me afastar quase com falta de ar.
-Vão trabalhar. - meu irmão ordena.
- Pare de cheirar os remédios do pai . - Respondo com desdém antes de sair porta fora.
Minha cabeça e meu peito estavam a mil. O que ele estava querendo dizer com tudo aquilo? Eu sempre achei estranho a quantidade de comida que um vitelo dava para comprar, verdade.. mas seria verdade que nosso pai usava o nome de meu irmão, aumentando o risco dele de ser escolhido, para conseguir comida? Comida para nós nunca faltaria comida, mesmo que tivessemos nós que matar nossos animais. E isso nem parecia de nosso pai.. Vilppu deve só ter cheirado demasiado éter quando estava tratando do Lambert e agora estava a delirar.
Passado umas horas de trabalho ouço o portão do estábulo dos cavalos abrir e Vilppu sai a cavalo portão fora. Chamo por ele mas ele ou não ouve ou não quer ouvir. Fecho o portão atrás dele e vou verificar Rauf que está a tratar dos vetilinhos que ficaram. Ele parece feliz tratando e brincando com eles. Porque não podemos ficar assim inocentes para sempre?
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| | | Saix Khalits
Mensagens : 42 Data de inscrição : 22/04/2015 Localização : Distrito 10 Jogador : Beatriz Cerone
| Assunto: Re: Distrito 10 Sáb maio 16, 2015 4:21 am | |
| Saix Khalits
Ando pelo Distrito 10 e aceno para todos os meus conhecidos, a rua está com mais Pacificadores e eles se tornam mais intimidadores com o passar dos anos. Vejo a viela que me leva a casa de Zenian e corro até ela, fazendo os meus batimentos se acelerarem por curtos segundos. A casa dele é mais simples que a minha, por isso assim que chego bato na porta sendo recebida pela mãe de meu amigo. Dona Fhaly me abraça e diz o quanto está feliz em me ver, eu digo o mesmo e a abraço de volta. Zenian está mastigando um pão provavelmente feito pelas tesseras que ele pegou. Eu odeio que ele o faça. Sorrio para o meu amigo e movo a cabeça em direção à porta, o garoto logo entende e engole o que resta-lhe de pão. Dou mais um abraço em na mulher ao meu lado.
— Foi muito bom te ver, Dona Fhaly. Espero te ver em breve.
Ela assente e da um beijo na testa do filho. Corremos juntos pelo Distrito 10 e fazemos o que mais gostamos de fazer, gastando algumas horas. O tempo vai passando e eu me encontro exausto. Convido Zenian para almoçar em casa e ele aceita de prontidão, animado para a refeição. Quando chego em casa noto que nem minha mãe e nem meu padrasto estão lá. Caminho até o pequeno local que é a minha cozinha e vou pegando as poucas coisas que vejo na minha frente. Pego dois pratos e coloco os alimentos, dando um deles para Zenian que senta em uma cadeira qualquer e começa a comer. Por uns segundos eu apenas o observo, começando a comer em seguida.
— Acha que na Capital existe muitas comidas gostosas? — Toco no assunto predileto de Zenian.
— Oh sim, existem muitas comidas gostosas! — O garoto fala de boca cheia e eu rio. — Lá é o paraíso!
— Como pode ter tanta certeza? — Pergunto.
— Eu apenas sei.
O garoto parece sonhar com a Capital, ou simplesmente com uma vida melhor. Eu não posso culpá-lo por isso. A vida nos distritos mais pobres não é muito boa, pois tudo vai dificultando com o tempo e o fardo vai apenas aumentando. Trabalhar para comer e comer para trabalhar. Falando em trabalho... Preciso organizar algumas coisas e começar o meu.
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| | | Saix Khalits
Mensagens : 42 Data de inscrição : 22/04/2015 Localização : Distrito 10 Jogador : Beatriz Cerone
| Assunto: Re: Distrito 10 Dom maio 24, 2015 4:41 am | |
| Saix Khalits Hoje o dia de trabalho foi tranquilo. Arrumo tudo o que é necessário e eu subo para o meu modesto quarto. Não há muito luxo nele, apenas algumas coisas, a maioria, achadas ou feitas. Coloco uma blusa branca surrada que é o meu pijama desde que me mudei pra cá. Sento no chão e pego um caderno antigo, na qual eu uso quando vou para as aulas. Pego um lápis e começo a resolver uns exercícios na qual não consegui terminar em sala.
Passo alguns minutos tentando resolvê-lo, até chegar em um resultado que julgo certo. Minha mãe aparece pedindo que eu durma. Ela caminha em minha direção e envolve seus braços em meu corpo. Eu apoio minha cabeça em seu corpo e sorrio. Pergunto-lhe algo que sempre se fez presente em minha mente.
— Mãe, você tinha medo de ser selecionada para os jogos?
Ela parece surpresa e senta na cama, puxando-me junto para a mesma. Parece pensativa por alguns segundos e acaricia meu rosto, fazendo movimentos circulares com o polegar quando chega às minha bochechas. Belisca-as de leve fazendo com que eu reproduza uma careta engraçada.
— Mãe, para com isso! Eu já sou crescido!
— Desculpe, homenzinho. — Sorri. — E sim, eu tive muito medo, filho. Não vou mentir para você. Durante muitos anos eu perdi noites de sono. Mas nada nunca me aconteceu e quer saber? —Minha mãe me envolve novamente em seus braços. — Nada vai acontecer com você.
Eu acredito em suas palavras. Me despeço dela dando-lhe boa noite e um beijo na testa. Deito na minha cama um tanto desconfortável e adormeço. Minha noite não é rodeada de sonhos, ao contrário disso, não vejo nada, apenas preto. Um preto que me puxa para si.
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| | | Vilppu Wilburn
Mensagens : 2 Data de inscrição : 05/05/2015 Localização : Distrito 10 Jogador : Joana Vaz-Rato/NPC
| Assunto: Re: Distrito 10 Qui maio 28, 2015 3:27 am | |
| VILPPU WILBURN
Cavalgo umas boas horas sem rumo. Deixando o cavalo escolher a direção. Era a melhor maneira de passar o tempo e aclarar a cabeça.
Me sentia enojado comigo mesmo. Terri não tinha culpa nenhuma de nada, eu não devia ter explodido com ela. Mas a verdade é que nosso pai está diferente desde que nossa mãe morreu, mesmo que não obrigue Terri e Rauf a fazer o mesmo que eu, ela deveria ter notado também, não?
Passado umas horas, encontro um bebedouro público. Deixo o velho Richard beber a sua cota de água e tiro um pouco para lavar a cara. Não queria aparecer com essa cara de volta a casa, mas foi a cara que minha mãe me deu, fazer o quê?
Vou a passo pausado de volta a casa, tanto para não forçar tanto o cavalo, como para demorar o máximo de tempo possivel. Quando chego ao estábulo para acomodar Richard já a lua ia alta. Mas ainda assim me demoro a apreciar os animais que aqui tínhamos.
Minha mãe falou que meu nome significava amigo dos cavalos, e era um nome antigo que passou ao longo da família dela. Mas realmente era o certo. Cavalos eram os meus melhores amigos. Eles não julgam, eles não criticam, eles não machucam. Um animal tão imponente poderia facilmente nos derrubar, mas eles são dóceis e se deixam domesticar.
Abro a porta de casa devagarinho, e noto que Rauf adormeceu no sofá. O televisor estava ligado, algo parecia estar acontecendo nos Jogos, mas não tomei atenção. Terri talvez tivesse razão, ele não deveria assistir a estas coisas já. Me aproximo dele para o acordar quando soa o canhão pelo televisor e ele pula com o susto e acaba caindo do sofá.
- Ei, Vil. Isso foi cruel... - ele diz ainda meio a dormir.
- Eu não fiz nada, seu babaca. - digo num tom firme mas terno. - O que você ainda está fazendo aqui?
- Estou esperando por você e por papai. Que horas são? - ele pergunta esfregando o olho.
- Tarde. Papai ainda não chegou? - pergunto ao que ele acena negativamente com a cabeça. - Bem, é tarde, ele deve ter ficado a dormir na casa da tia esta noite, ele amanhã volta. E nós vamos dormir, para cima.
- Mas estão acontecendo coisas.. eu ouvi um canhão, quem foi? - ele pergunta levantando o olhar para enxergar o televisor, ao que eu respondo, desligando o aparelho.
- Não interessa. C-A-M-A. - Ordeno. E ele avança sem refilar.
Antes de ir para o quarto que partilho com Rauf passo a ver como Terri está. Vejo o movimento da respiração dela e presumo que esteja dormindo.. De manhã falarei com ela..
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| | | Saix Khalits
Mensagens : 42 Data de inscrição : 22/04/2015 Localização : Distrito 10 Jogador : Beatriz Cerone
| Assunto: Re: Distrito 10 Seg Jun 01, 2015 6:36 am | |
| Saix Khalits Mais um dia se inicia. Dessa vez eu acordo por conta própria e não faço cerimônia na hora de levantar de minha cama. Visto a minha roupa do dia-a-dia e noto que há um pequeno buraco perto de minha axila direita, cutuco-o e penso que minha mãe pode remendá-lo depois.
Hoje eu preciso ir para a escola. Meus pés tocam o piso gelado e meio úmido, começo a tatear o chão procurando o meu calçado, calço as botas que eram de meu padastro e puxo o caderno que estava usando no dia anterior, com a mão direita vasculho a cama desarrumada atrás do único lápis que possuo. Meus dedos agarram o objeto e eu rumo em direção à saída. Ouço vozes vindas da cozinha e eu corro até lá encontrando minha mãe e o meu padastro. Dou bom dia para os dois e sento-me em uma das duas cadeiras vagas. Mamãe me estende um copo com uma pequena dose de café, é meio amargo e até mesmo muito adulto, porém eu gosto. É também muito caro! Eu sei o por quê dela estar me servindo isso... A Colheita está perto. Não houve lá muitas edições, foram poucos e querendo ou não tudo ainda é muito novo. Muitas mães precisam entregar seus filhos para a Capital e acho que a minha teme pela minha vida, assim como as outras em relação á seus filhos.
Bebo o líquido quente e escuro, ele deixa um rastro de calor pela minha garganta aquecendo o meu corpo imediatamente. Apoio o copo na mesa e me despeço deles dando um beijo na bochecha da única mulher que se encontra no cômodo. Giro a maçaneta da porta e fecho-a, correndo em disparada em direção á escola. Ela não é muito perto, é mais afastada do centro e para isso enfrentarei uns bons minutos.
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| | | Wallace McQueen
Mensagens : 318 Data de inscrição : 17/04/2015 Localização : Capital Jogador : Állan
| Assunto: Re: Distrito 10 Qua Jun 03, 2015 5:40 pm | |
| 06:xx hrs Tributo Feminino do Distrito 4 Tributo Masculino do Distrito 6 Tributo Feminino do Distrito 6
Esta é a TV da Capital!Todas as televisões de Panem se ligam automaticamente, tocando o hino do país enquanto o brasão do governo toma quase toda a tela. Uma repórter um tanto quanto exótica aparece de repente, com um sorriso de orelha a orelha. Sua pele pálida quase se camufla com a parede da Sala de Comando. Atrás dela, é possível ver os três mentores dos últimos tributos vivos na arena da 26º Edição Anual dos Jogos Vorazes.
— Olá, Panem! Todos nós estamos muito animados com a final da Vigésima Sexta Edição! - o seu sorriso branco e gigante não some de seu rosto por um só segundo - Tori, Alpha e Athena são os últimos tributos restantes lutando pela coroa. E agora, entrevistaremos os seus mentores!
A mulher caminha desengonçadamente até Mags, a mentora de Tori. A vitoriosa olhava fixamente para a tela, não percebendo nem quando a repórter chega atrás dela.
— Mags, poderia nos dar uma palavrinha quanto a essa final? - a mentora vira sua cadeira e recebe a mulher com um sorriso fraco. Era aparente o seu cansaço físico e psicológico -Tori está sendo muito mencionada como a que tem mais chances de vencer a edição. Acha que a sua mentoreada tem tanto potencial assim?
— Eu tenho muita esperança. Mas ela está nos Jogos Vorazes. Um pequeno deslize e você cai. Um pequeno erro de calculo e seu canhão dispara. Mas ela é esperta e capaz, sei que conseguirá! Panem, torçam para Tori Miller. Conto com todos vocês.
A repórter agradece a mentora e vai em direção aos dois mentores do Distrito 6. Oliver está sentado em sua cadeira confortavelmente, não parecendo tenso ou abalado. Enquanto Otillie segura seu rosto com ambas as mãos e não tira os olhos da tela. Seu rosto está bastante pálido e suas olheiras um tanto quanto evidentes.
— Oliver. Otillie. - cumprimenta a repórter, com um aperto de mão - Dois Tributos do Distrito 6 no TOP3! Vocês imaginam como o Distrito 6 está reagindo quanto a isso?!
— Acredito que todos estão bem animados. - diz Oliver, sem muita animação - Poucos dos Tributos do nosso distrito conseguem chegar tão longe. Eu, Otillie, Liam, Athena e Alpha fomos os únicos a chegar no TOP5.
— Imagino que sim. As chances do Distrito 6 receber um vitorioso este ano é bem grande. Mas tudo pode acontecer, não é verdade? E você, Otillie, suas expectativas estão altas?
A repórter aponta o microfone pra vitoriosa, que continua olhando para as telas e não dá importância para a mulher da Capital. Oliver chama a atenção da jovem vitoriosa cutucando seu ombro, fazendo-a olhar rapidamente para a câmera.
— Oh, me desculpe! O que disse? - seu abatimento era evidente.
— Isso sim é uma mentora dedicada! - tenta ajudar a repórter, parecendo um tanto quanto constrangida - Suas expectativas estão altas quanto a receber um vitorioso este ano?
— Eu realmente espero que sim. - Otillie abaixa a cabeça, tristonha - Ser mentor é bastante cansativo, tanto fisicamente quanto psicologicamente. Seria muito frustrante perdê-los a essa altura. Na verdade, eu gostaria de levar os dois para casa. - brinca Otillie, com um sorriso fraco no final.
— Infelizmente, isso não é possível. Mas agora está na mão dos nossos três últimos tributos vivos. - conclui a repórter - Fiquem ligados, cidadãos de Panem, a final da Vigésima Sexta Edição Anual dos Jogos Vorazes está próxima e logo, logo mais um novo nome entrará para o nosso Hall da Vitória!
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| | | Saix Khalits
Mensagens : 42 Data de inscrição : 22/04/2015 Localização : Distrito 10 Jogador : Beatriz Cerone
| Assunto: Re: Distrito 10 Dom Jun 07, 2015 4:33 pm | |
| Saix Khalits Assim que chego à escola me acomodo na última carteira no canto direito da sala, fico do lado de uma janela velha com um vidro sujo e trincado. Deslizo meu dedo indicador sobre o vidro, sentindo o material gelado em contato com a minha pele. Depois coloco meu caderno de estudos sobre a carteira e me debruço sobre ele, apoiando a cabeça em meus braços. Não sei quanto tempo se passa até a professora chegar, hoje seu olhar está bem triste, o que é muito raro. Ela começa explicando um pouco sobre Panem e os jogos... Só de lembrar-me da Colheita meu estômago se revira. Eu sei que nunca vou ser selecionado, as chances são muito pequenas e eu não estou acostumado a pegar tesseras, embora a ideia já tenha passado pela minha mente. Mas elas não seriam pra mim.
O tempo passa e nenhum sinal de Zenian! Onde será que ele se meteu?
Afasto-o da minha mente e me concentro em uma atividade de interpretação de texto que a professora passou. Sou um dos últimos a terminar, a maioria dos alunos já foram para suas casas. Pego meu caderno e meu lápis e saio da escola intrigado com a falta de meu amigo. Ele mais do que ninguém sabe o quanto a escola é importante! Mudo a minha rota e decido ver onde ele está e com certa rapidez eu chego à sua casa e bato na porta, esperando que ele me atenda.
— Entra! — Escuto a voz dele.
Faço o que ele pediu e adentro o local. Caminho até o próximo cômodo apertado e o encontro assistindo aos jogos e, simplesmente não posso acreditar, não mesmo. Dou um tapa na orelha do garoto e aponto para a projeção dos jogos.
— Você faltou para isso, Zenian?
— É a final, cara! TOP 3! — Seus olhos brilham e ele volta à atenção para a projeção.
Sento-me em um banco de madeira ao lado do garoto e assisto um pouco com ele. Os tributos estão em seu quinto dia e a exaustão está mais do que visível. Volto minha atenção para o meu amigo... Será que um dia ele irá querer fazer parte disso? É tudo tão... Doentio.
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| | | Saix Khalits
Mensagens : 42 Data de inscrição : 22/04/2015 Localização : Distrito 10 Jogador : Beatriz Cerone
| Assunto: Re: Distrito 10 Ter Jun 09, 2015 3:24 am | |
| Saix Khalits Depois de algum tempo é anunciado o Vitorioso da edição. Alpha Malloch. Eu assisti bem pouco dos jogos, mas vejo sua vitória junto com Zenian, que fica eufórico e animado. Meus olhos se focam em sua aliada e um aperto se forma em meu peito quando seu canhão dispara. Levanto da cadeira e olho para o meu amigo.
— Agora que já tem um Vitorioso, você já pode começar a fazer sua lição! — Estendo-lhe o caderno . — Pode me devolver amanhã na aula.
— Okay, Senhor Sem Graça. — Responde. — Vai dizer que não gostou da final?
- Foi interessante.
O garoto abre o caderno e estuda o seu conteúdo por alguns segundos, depois caminha até a sua cama e pega o seu material de estudo. Começa a copiar rapidamente com uma letra desleixada e pequena, eu apenas observo-o.
— Acho que já vou indo, Zenian... — Começo a me despedir. — Ainda tenho que ajudar minha mãe com umas coisas lá em casa. Te vejo depois, cara.
Meu amigo apenas concorda e eu tomo o rumo para a minha casa. O dia está bem quente e o sol ainda está em seu auge. Vou brincando de chutar pedras pequenas até chegar em casa. Adentro o local e removo os calçados, colocando-os ao lado da porta. Chamo por alguém e não obtenho nenhuma resposta. Subo para o meu quarto e guardo o meu lápis entre as minhas coisas. Desço novamente e me preparo para mais um dia de trabalho. Eu gosto do que faço e acho que isso é tudo o que importa.
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| | | Belladonna Devine Admin
Mensagens : 240 Data de inscrição : 17/04/2015 Localização : Capital Jogador : Haniel
| Assunto: Re: Distrito 10 Ter Jun 09, 2015 7:32 am | |
| 26° EDIÇÃO DOS JOGOS VORAZES: A FINAL
É noite, por volta da 1h da manhã.
Alpha e Athena estão sentados na areia da praia em frente a floresta colorida, ambos com expressões cansadas, denotando exaustão física e mental. A tensão é quase palpável no ar. O garoto permanece focado no bestante humanoide que se encontra em cima da Cornucópia, sentado e de olhos fechados. Já a garota parece não se focar em nada, a não ser em Alpha. Após uma breve conversa eles decidem dormir em turnos, primeiro Alpha depois Athena.
Enquanto isso, Tori se mantém escondida no interior do chifre de metal. A adaga em uma mão e a rede de pesca na outra. O aborrecimento, o incômodo e apreensão são nitidamente visíveis no rosto da garota enquanto ela se alimenta e mantém sua incansável vigília.
Os segundos tornam-se minutos, os minutos tornam-se horas e as horas se arrastam lenta e dolorosamente para todos os três tributos ainda vivos. É quando a escuridão da noite começa a ceder lugar para a claridade do dia que uma exclamação de surpresa e dor reverbera por toda a arena, arrancando os tributos de seus estupores e momentos de descanso.
- OUCH! – Rouca e esganiçada, a voz do Leprechaum volta a se manifestar após horas adormecida.
Uma grande acumulação de nuvens negras agora cobre o céu da arena. O silêncio impera por algum tempo, até que a chuva começa a cair, fraca e dispersa. É então que a criaturinha se manifesta novamente.
- É... PARECE QUE EU JÁ CAUSEI PROBLEMAS DE MAIS POR AQUI... – Ele fala zombeteiro, as palavras carregadas de escárnio e malícia. – A SITUAÇÃO ESTÁ PARA FICAR BEM FEIA, APROVEITEM SEUS ÚLTIMOS MOMENTOS DE VIDA, CRIANÇAS.
O bestante simplesmente desaparece em meio a uma lufada de vento. O casal do Distrito 6 se encara assustado enquanto Tori se estica para observar a gotas de chuva molhando a areia do lado de fora do chifre de metal.
A chuva aumenta de intensidade, finalmente acertando algumas de suas gotas em Alpha e Athena. Assim que a água entra em contato com suas peles, ambos soltam exclamações de dor e sentem os locais atingidos arderem de uma forma que nunca haviam sentido antes. Imediatamente eles procuram formas de se proteger da chuva ácida e passam a correr na direção da Cornucópia.
Tori, que durante todo o tempo esteve abrigada da chuva, faz um apelo por patrocínio para uma das câmeras internas no fundo do chifre dourado, mas parece não ser ouvida, pois nenhum paraquedas é enviado. Ela se agacha e abre a mochila em busca de suprimentos, porém estaca quando nota a chegada de Alpha e Athena.
Os tributos se encaram, os músculos tensionados e os olhos atentos. Cada um com os nós dos dedos já esbranquiçados por apertarem com muita força as empunhaduras de suas armas. Athena tenta argumentar com Tori, mas a garota do Distrito 4 parece se irritar ainda mais e arremessa sua rede na direção de Alpha.
O garoto desfere um golpe na rede enquanto ela ainda está no ar, abrindo um rombo no lugar acertado, mas isso não impede que o instrumento caia em cima de Alpha, fazendo com que ele se atrapalhe um pouco. Tori utiliza seu pé traseiro como base para tomar impulso e ir na direção de Alpha acabar com sua vida, mas para imediatamente quando percebe Athena se aproximar por trás com sua faca apostos. Ela desvia do golpe de Athena e em um reflexo acaba cravando sua adaga no abdome da garota do 6, que em seguida dá alguns passos cambaleantes para trás e cai sentada, lamentos e gemidos de dor escapando por entre seus lábios. Ao presenciar a cena Alpha entra em pânico, sua mãos começam a tremer e a respiração a acelerar.
Agindo em piloto automático, completamente fora de sua consciência, Alpha se liberta da parte da rede que o prendia e lança a corrente de sua arma na mão de Tori que segura a adaga. A corrente se enrola nela e Alpha a puxa com força para cima de si. Tori estaca e se volta para o garoto fazendo muita força para levar a mão liberta até o rosto e remover a máscara de gás e o óculos de visão noturna que vestia. Ao se deparar com o rosto nu da garota, Alpha parece levar outro choque , o pavor em seu rosto é algo impossível de ser contestado. Tori o encara com ódio, os dentes a mostra e lágrimas quase transbordando dos olhos.
- Vocês nos traíram! Connor morreu e vocês também são culpados! – A garota do 4 cospe as palavras em cima de Alpha.
A reação do garoto é imediata. Ele usa de toda a sua força para puxar a corrente para baixo na intenção de derrubar Tori, porém a garota já esperava por algo do tipo, ela se desequilibra brevemente e cai de joelhos, mas logo recupera sua posição. Com um movimento rápido, a garota do Distrito 4 se aproxima de Alpha e crava a adaga em sua virilha. Ele recua alguns passos por causa da dor e examina brevemente o ferimento, obviamente Tori queria feri-lo mortalmente, mas por algum motivo não havia conseguido.
Tori tenta se levantar e se estabilizar, sofrendo por causa da sua falta de equilíbrio.Alpha mesmo paralisado pela dor, parece conseguir reagir a tempo, a lâmina da kusarigama do tributo masculino do Distrito 6 corta a pele da barriga de Tori e deslisa mortalmente para dentro de seu abdome. O corpo da garota arqueia para trás com uma expressão de pavor dominando seu rosto, os olhos azuis arregalados e perdendo o brilho. Alpha dá um passo se afastando, puxa a arma de volta para si e a garota caí de costas na areia.
O CANHÃO DE TORI DISPARA! Um peso descomunal parece se sobrepor sobre Alpha, o garoto deixa seu corpo desabar sentado no chão e a arma cair ao lado, manchando a areia branca com o sangue de sua lâmina. O mundo se torna cinza, os sons ao seu redor se transformam em ecos distantes e ele consegue sentir o sangue pulsando em seus ouvidos. Aos poucos Alpha é retirado de seu torpor momentâneo pela voz fraca e quase sem vida de Athena.
O garoto procura por sua companheira de Distrito, ainda meio desnorteado, mas a encontra caída no fundo do Chifre. Ao fitar sua imagem, percebe que a pele da garota já começa a empalidecer. Ele rasteja até ela evitando fitar o corpo de sua ultima vitima. Ao chegar lá, ele a reconforta da maneira que sabe e tenta manter a mente de sua companheira distraída. Alpha permanece com Athena até que...
O CANHÃO DE ATHENA DISPARA! A chuva que até agora era forte e constante, para de repente. Alpha se coloca de pé e reunindo seu ultimo rompante de força, pega Athena no colo e leva seu corpo para fora da Cornucópia. O sol brilha novamente e a tranquilidade impera no local de forma como nunca havia sido antes.
Um aerodeslizador plana logo acima de Alpha e ele larga o corpo de Athena na areia, se afastando em seguida. Logo a garra desce e a retira dali enquanto ele observa tudo. Não demora para que o locutor mostre sua presença com a voz cheia de entusiasmo.
- Senhoras e senhores, apresento-lhes o vitorioso da 26° Edição Anual dos Jogos Vorazes: Alpha Malloch, do Distrito 6!
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| | | Wallace McQueen
Mensagens : 318 Data de inscrição : 17/04/2015 Localização : Capital Jogador : Állan
| Assunto: Re: Distrito 10 Sex Jun 19, 2015 7:38 pm | |
| Tourné da Vitória
O mais novo vitorioso do Distrito 6, Alpha, chega finalmente no Distrito 10. O cheiro característico do distrito é facilmente identificado quando todos saem do trem. Assim como no distrito anterior, o clima é bem quente. ----- No pedestal de Mona, eram presentes sua mãe e sua irmã. No de Luka, seus pais e seu irmão. | |
| | | Alpha Malloch
Mensagens : 44 Data de inscrição : 08/06/2015 Localização : Distrito 6 Jogador : Johanna
| Assunto: Re: Distrito 10 Sáb Jun 20, 2015 10:47 pm | |
| ALPHA MALLOCH
Depois do Onze, chega a altura do Distrito Dez. A viagem é consideravelmente mais curta do que a do Doze até ao Onze, e pela direção que tomavamos, já me preparava mentalmente para um Distrito ainda mais quente que o anterior.
Ainda estavamos no terceiro Distrito e já estava farto de viajar de um lado para o outro, licitar discursos ridículos e vestir roupas ainda mais ridículas. A ansiedade que me acompanhou no Doze estava diminuindo a um ritmo ótimo, ao menos. Porém, sabia que em breve regressaria. Mas tenho-me obrigado a não pensar nisso por enquanto.
Não é só o calor que me invade quando desço do vagão mas também aquele cheiro caraterístico que me lembrou logo a sala de espera para o desfile, mas muito mais forte. E tão desagradável que me faz torcer o nariz.
Somos conduzidos até ao Edifício da Justiça pelos terrenos áridos do Dez e entramos pela porta traseira. Não sentia receio ou nervosismo desta vez, apenas vontade de despachar isto o mais depressa possível.
Subo ao palco para dar de caras com um público tão desinteressado quanto o do Distrito anterior, e um Prefeito com uma pronúncia que não se entendia mínimamente. Os rostos dos Tributos falecidos lembram-me que eram os dois que tinham conversado com os garotos do Um no tempo antes do Desfile, mas também vi o rosto de ambos no primeiro dia, portanto calculo que não tenham acabado por ficar aliados.
Começo a ler o cartão nas calmas, tornando as minhas palavras claras e convictas apesar de quão ridículas elas eram. Provavelmente o público pensaria o mesmo, mas qualquer idiota percebe que não sou eu que escrevo isso então pouco me interessa. Assim que termino, saio logo do palco.
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| | | Convidado Convidado
| Assunto: Re: Distrito 10 Seg Jun 22, 2015 4:23 am | |
| Carl Noose "Batatas cozidas. Preciso pedir que me preparem batatas cozidas para o jantar. Eu REALMENTE estou com vontade de comer batatas hoje."
Apoio as mãos nos braços da cadeira e me preparo para levantar e ir comprar batatas, porém quando levanto os olhos para a frente, logo me lembro que estou no palanque onde acontecerá o discurso do novo Vitorioso.
Malpa Fallof? Lalma Pallome? Não, não é isso... Como é o nome desse garoto? Eu não consigo me lembrar...
- Senhoras e senhores, recebam o Vitorioso da vigésima sexta edição anual dos Jogos Vorazes! Alpha Malloch!
Fico um pouco bravo por terem soprado a resposta, além do mais, como descobriram o que eu estava pensando?! Olho ao redor procurando o soprador, mas a unica coisa que vejo é um garoto caolho subindo no palco e indo em direção ao microfone. Foco minha atenção nele, tentando entender o que está acontecendo.
O garoto caolho começa a ler um cartão e de acordo com que suas palavras se desenvolvem, tudo começa a fazer sentido. Claro, não poderia ser mais óbvio, o garoto caolho só pode ser Phalfa Lammop... Não, não é esse o nome... Cacete, Carl! Como você já esqueceu o nome do garoto?
Assisto todo o discurso do novo Vitorioso e assim que ele termina, sai do palco sem nem me dirigir sequer um olá, que garoto mal educado. Procuro não me distrair muito com isso, ao menos agora posso sair para comprar minhas batatas. |
| | | Vilppu Wilburn
Mensagens : 2 Data de inscrição : 05/05/2015 Localização : Distrito 10 Jogador : Joana Vaz-Rato/NPC
| Assunto: Re: Distrito 10 Sáb Jun 27, 2015 2:29 am | |
| VILPPU WILBURN
A migração bianual da familia Wilburn começa. Temos que abandonar nossa fazenda dois dias antes da chegada do vitorioso ao distrito, ao todo com essa baboseira perdemos cinco dias de trabalho. Cinco dias que os animais estão fechadas e não estão sendo cuidados ou vigiados. Temos sorte que nunca tivemos nenhuma perda em todos esses anos de estupidez. O que mais faltava era isto passar de nos aterrorizar para ainda nos tirar o nosso sustento.
Chegamos na Praça Central com algum tempo. Minha irmã Terri nem sai da carroça até ser extritamente necessário. As pessoas não tardam a chegar e se aglmorarem para caberem todas nessa praça que eu não faço ideia como aguenta tanta gente.
O cara acaba por chegar e debitar o mesmo discurso que os vitoriosos antes dele debitaram. Não é exatamente o mesmo, mas na sua essência é a mesma coisa. Temos pena, eu volto para casa e vocês perderam um filho da terra. Se a ideia da Capital é usar os vitoriosos para separar as pessoas dos distritos, tenho a dizer que fazem um ótimo trabalho.
Mas não lembro a última vez que vi um vitorioso tão falso. Algo naquele cara não transmitia segurança.Ele foi dos meus favoritos enquanto eu assistia e depois de nossos tributos morrerem. Mas mais para o final, quando ele revelou o covarde que era, esse favoritismo desapareceu.
Claro que ninguém ganha os jogos sendo santo. Todos os vitoriosos têm algo de que não se orgulham. Menos o nosso, provavelmente, o cara nem parece fazer a minima ideia de onde está ou de quem é. Por isso que nenhum tributo nosso regressou desde que aquela aventesma venceu,
O discurso é curto e aplaudimos apenas o necessário, esse zarolho não merece mais.
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| | | Saix Khalits
Mensagens : 42 Data de inscrição : 22/04/2015 Localização : Distrito 10 Jogador : Beatriz Cerone
| Assunto: Re: Distrito 10 Seg Jun 29, 2015 4:25 pm | |
| Saix Khalits O temo passa e chega o dia mais esperado! Por Zenian é claro... O menor me acorda pulando em cima de meu corpo e tudo que eu faço é afastá-lo e pedir por mais cinco minutos. Levanto da cama com um solavanco e começo a me arrumar para ir ver o novo Vitorioso dos Jogos Vorazes. Coloco a roupa que uso para ir para escola e aguardo meu amigo terminar seu falatório.
— Você fala como se fosse sentar-se ao lado dele e abraçá-lo. — Digo ao garoto.
— Se eu pudesse! Você viu o último momento dele na arena?! — Zenian subiu na minha cama e começou a imitar.
Ignoro a cena, pois imaginar meu amigo na arena é uma ideia insana.
Como moro praticamente no centro não levo muito tempo para chegar à Praça Central, me despeço de minha mãe já que ela irá daqui a pouco. Zenian praticamente me puxa e quase tropeço nas pessoas ao meu redor. Não há muitas pessoas à nossa frente, assim meu amigo poderá aproveitar bem a visão do Vitorioso. Não se demora muito e ele é conduzido até o nosso distrito. Não consigo ver uma reação exata em seus olhos. Ele olha para os familiares de Mona e Luka, depois desvia para o cartão presente em sua mão. Pergunto-me se é mais difícil ler com só um olho funcionando, mas logo afasto essa pergunta um tanto idiota. Meu amigo vibra ao meu lado e parece concentrado nas palavras de Alpha.
Assim que ele acaba, todos aplaudem e ele parte.
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| | | Wallace McQueen
Mensagens : 318 Data de inscrição : 17/04/2015 Localização : Capital Jogador : Állan
| Assunto: Re: Distrito 10 Ter Jan 24, 2017 10:04 pm | |
| Turnê da Vitória
O mais novo vitorioso do Distrito 2, Brian, chega finalmente no Distrito 10. O cheiro característico do distrito é facilmente identificado quando todos saem do trem. Assim como no distrito anterior, o clima é bem quente. O rapaz sente alguns olhares tortos da plateia, mas nem todo mundo parecia tão chateado quanto no distrito anterior.
O único vitorioso do distrito, Dallas, já está sentado em sua cadeira, com a cara amarrada, algo nada típico do homem. Ele cruza os braços e olha para um ponto fixo no nada. ----- No pedestal de Terri, estão presentes o pai e dois irmãos da garota. No de Saix, seu pai e sua mãe com seu padrasto. | |
| | | Dallas Carson
Mensagens : 1 Data de inscrição : 15/01/2017 Localização : Distrito 10
| Assunto: Re: Distrito 10 Qui Jan 26, 2017 1:56 pm | |
| Dallas Carson Ahh... como era bom poder acordar apenas a poucas horas dos eventos sem ter que me preocupar com nada. Lembro-me de quando era apenas um garoto, vivendo tão longe da Praça Principal do Distrito que tinha de acordar de madrugada ou mesmo no dia anterior para apanhar o camião dos Pacificadores que nos levavam 'té lá. Agora tinha dinheiro a carrinho pessoal e tudo, e a única coisa que me impedia de apenas acordar poucos minutos antes das cerimónias eram a minha equipa de preparação.
- Vá, meninas... deixem o velho Dallas com o seu charme natural! Não vale a pena me encherem com tantos produtos caros quando o cheiro do gado irá mascarar até o perfume mais forte. - Solto uma risada, que me obriga a puxar por mais ar e tossir. - Veem! Todos esses sprays já estão a dar cabo da minha saúde! - Não aguento soltar outra gargalhada, que provoca o mesmo efeito. Já estou a ficar velho para estas coisas...
- Então, recordem-me, o que é para fazer hoje mesmo? - Brinco, empoleirando-me nos bancos da frente do carro para encarar minha acompanhante da Capital, cujos anos não pareciam ter passado por ela apesar de já terem passado duas décadas. - Ah certo, a turné do Vitorioso... A TURNÉ DO VITORIOSO!?
O condutor para o carro de repente, provavelmente sobressaltado com o levantamento súbito da minha voz, mas logo retoma após ordens da minha acompanhante.
- MAS NINGUÉM ME DISSE QUE IA TER QUE LIDAR COM AQUELE FEDELHO DESGRAÇADO HOJE! Raio do Carreirista, deve-se achar no centro do mundo por ter morto alguém do Dez, coitado do meu pequeno Saix, ele era tão novito... morto daquela forma... um garoto com tanto potencial! E a pequena Terri, coitada... não não, agora aquele fedelho vai aparecer aqui como se fosse o novo rei do gado e agir como se estivesse tudo bem. Eu sei, eles são todos iguais! Ah bolas, porque vocês não me avisaram!?
- Nós avisamos Dallas, pelo menos umas cinco vezes. Você é que nunca presta atenção em nada... - Miranda murmura, sem sequer olhar para mim.
- Não presto atenção qual quê mulhere, eu com certeza prestaria atenção em algo tão importante como isto! Vocês esqueceram-me de avisar, tenho a certeza. Agora vou ter que encarar as caras tristonhas daqueles dois outra vez...
Miranda já nem me responde, pois o carro acabara de estacionar atrás da casa do Prefeito. Lá dentro, a equipa de preparação volta ajeitar o meu cabelo - não sei para quê, se vai estar escondido pelo meu chapéu - volta a atacar-me com aqueles sprays e me mandam para perto da porta principal.
- Ahhh, mê Distrito lindooooo! - cumprimento o povo, acenando para aqui e para ali, até Miranda ter que me ir buscar da ponta do palco para me fazer sentar na cadeira, provavelmente para anunciarem a entrada do fedelho do Brian. Quando o garoto entra, nem me dou ao trabalho de olhar para ele, o coitado deve se achar o maior por ter tirado a vida do pobre Saix... ai se fosse comigo ele ia ver, ia...
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| | | Brian Alderidge
Mensagens : 58 Data de inscrição : 24/04/2015 Localização : Distrito 2 Jogador : Alison
| Assunto: Re: Distrito 10 Sex Jan 27, 2017 6:05 pm | |
| Brian
- PUTA QUE PARIU! - Grita June, quando me vê entrando no vagão.
Dou de ombros a ela e me jogo no sofá. Robert, o senhor da Capital que nos acompanha pelos Distritos, nos seguia com um ar preocupado e os cartões em mãos.
- O povo me odiava por matar os tributos deles, agora dei a eles mais um motivo para me odiarem.
Minha mentora se aproxima, tomando os cartões das mãos de Robert. Ela senta do meu lado e mantém uma distância considerável.
- Você sabe para que serve essa bosta aqui? - reviro os olhos. - Exatamente. Pra você não fazer a bosta que fez lá fora.
- Robert, você tem algo a dizer sobre isso? - pergunto, olhando diretamente para meu acompanhante, que dá alguns passos para trás ao ver meu olhar.
- S-s-senhor, não acho que eu deva opinar, mas é importante que leia os cartões.
June se levanta e joga todos os cartões em cima de mim.
- Obrigada, Robert. Esse pirralho vai ler tudo o que está aqui e não vai decepcionar os incríveis cartões que você criou.
Robert solta um sorriso alegre e agradece June. Nosso acompanhante sai do quarto e segue para seus aposentos. June cai na gargalhada.
- Você arrasou! - ela diz, sussurrando e batendo palmas. - Precisava ver a cara de ódio deles! Mal espero para ver a próxima.
- Não vai ter próxima. - digo, procurando o cartão do Distrito 10.
- Como assim, "não vai ter próxima"? Quer ser entediante e ficar lendo a porra do cartão em todos os outros Distritos?
Paro o que estou fazendo e jogo uma almofada na cara da psicopata da June.
- Não era para parecer superior, era para mostrar que achei legal estarem unidos. Acho que o ódio deles por mim os uniu ainda mais. Quanto ao '10, vou dar uma olhada nesse cartão para não chatear ainda mais o Robert.
Minha mentora suspira e então deita no chão, fazendo polichinelos.
- Veja, Brian, um anjo na neve, só que sem neve. - Ela gargalha.
+++
Quando chego ao Distrito 10, vejo várias pessoas na praça principal vestidas com roupa típica da região. Várias pessoas com chapéus e cinto com fivela. Não consigo esconder um riso tímido por achar engraçado.
Vejo Dallas sentado em sua cadeira, com a cara fechada, olhando para qualquer lugar que não fosse para mim. Podia jurar que me lembrava do Vitorioso sempre alegre a animado, vê-lo dessa forma não ajudava muito a situação.
Chego ao centro e vejo algumas pessoas com cara virada, mas nem todos pareciam estar tristes ou irritados por me ver. Sorrio para todos, apesar de ver alguns irritados, não deixaria transparecer incomodo algum pelas caras irritadas. Eu havia decorado tudo o que estava no cartão, mas sabia que não conseguiria lê-lo e parecer completamente sincero. Seguro o cartão com as duas mãos e o leio até o fim. Em seguida deixo o cartão de lado e olho para a família do rapaz que matei. Essa era a parte mais difícil. Abaixo a cabeça e agradeço ao Distrito por terem me recebido.
Devagar chego até Robert e June e volto para o vagão.
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